Eu sou do tipo inquieta e curiosa. Eu penso, logo escrevo. Aqui vocês irão encontrar pelo menos um terço dos meus pensamentos diários. Não me limito a apenas imaginar, eu coloco no papel e eternizo histórias, pra serem lembradas o tempo todo.

sábado, 10 de janeiro de 2015

Eu sei que todos os dias tu te pega pensando no que ele está pensando. Olhando as fotos que estão no mural, muitos sorrisos e lembranças de momentos em que eram tão jovens e tão despreocupados. São jovens ainda, mas na mente um milhão de preocupações do dia a dia que naquelas fotos ainda não existiam. Tu te pega tentando descobrir o que vai acontecer depois de tudo isso, depois de tantas responsabilidades compartilhadas. Será que a força de vontade e de vencer as barreiras serão recíprocas? O passado volta a atormentar, devido à tantas dúvidas e medos. Olhando essas mesmas fotos que estão penduradas na parede do quarto há tanto tempo, tu te questiona se és a mesma pessoa daqueles dias, se são as mesmas pessoas ainda, habitando aí dentro desse quarto. Será que um pedaço de ingenuidade, leveza e descontração não ficou preso ali naquele passado? E aí tu te questiona, tudo que hoje tu és ou o que sobrou do que era, é realmente o que tu pretendia ser quando pensava em si mesma? A dúvida. O questionamento interno. Aquele que preocupa, que machuca. E quando tu te deita do lado dele talvez os assuntos não fluam como antigamente e no teu íntimo tu sabe que tem um pouco de culpa, pois em tantas vezes deixou os problemas tomarem conta ao invés de simplesmente sorrir. Será que ele também me vê como eu estou me vendo? Tudo é um eterno jogo, onde entre deixar as coisas acontecerem ou planejar e arquitetar as pecinhas já não fazem mais tanto sentido quando se está perdendo e tu sabe que está.
E no teu íntimo tu sente que esperar que ele resolva tudo e os sorrisos voltem a ser como antes é esperar que uma peça se mova sozinha, ou seja, impossível. O futuro à Deus pertence e talvez aquele mural já não te pertença mais.